Tanguá é uma cidade pequena e por isso mesmo as informações correm rápido. Mas a precisão dessas mensagens não é das melhores. Uma pinta no queixo da Maria da Posse, pode chegar aos ouvidos do Seu Zé da Vila Côrtes como um tumor na garganta. Logo, muitas pessoas ouvem um relato de algum acontecimento e dias depois descobrem que não é nada daquilo que ela estava pensando.
Outro acontecimento comum é o número baixo de pessoas em alguns eventos (baixo córum) devido a divulgação precária do mesmo.
Uma solução para esses problemas e tantos outros causados pela carência ou deficiência na comunicação, pode ser resolvida pela própria população. Conversando com um de meus amigos ele me chamou a atenção pra criação de jornais comunitários. São jornais que falam da comunidade e feitos pela comunidade, ou seja, não precisam de profissionais nem de um tratamento editorial digno do New York Times. O trabalho pode ser quase artesanal, mas deve relatar fatos, deve estar seguro de tudo que vai publicar, e ser útil. Os assuntos podem ser variados e as informações devem ser claras. Daí basta formar um grupo, dividir as tarefas e pôr a mão na massa. Todos podem ser beneficiados com isso, desde cidadãos comuns, até empresas e outros grupos. Parcerias podem ser feitas e assim pode se custear o jornal.
Então, aí está um jeito fácil de se comunicar e trabalhar cultura e informação dentro de Tanguá.